Cultura "Bate-Volta"
- QUEM PILOTA
- 9 de dez. de 2015
- 4 min de leitura
Hoje o motociclismo tem sido difundido de forma cada vez mais ampla, como estilo de vida e lazer. Isso porque vem ganhando muitos adeptos com o objetivo de fugir da pesada rotina e alivar as tensões do dia a dia. É muito comum vermos grupos reunidos nas áreas de postos de gasolina, lanchonetes, sorveterias etc.


Esses são geralmente os locais que funcionam como ponto de encontro de motociclistas, geralmente às quintas à noite e aos finais de semana, para saírem aos passeios pela cidade e/ou cidades vizinhas (Região Metropolitana). Chegando ao destino comem e/ou bebem algo leve (sem bebidas alcoólicas, claro), retornam, cumprimentam-se e seguem cada um a suas casas tranquilos e satisfeitos.
Esses passeios mais curtos são mais conhecidos como "bate-volta" e está sendo, atualmente organizados até por empresas de motociclismo com o objetivo de divulgar/promover suas marcas/produtos e atrair mais clientes. Os passeios ("bate-volta") são programados tanto pelas empresas como pelos grupos privados. Normalmente é feita uma programação prévia entre eles, que já combinam o horário do encontro, o local/ponto de encontro, o destino e o horário de saída do grupo ao passeio.
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É muito diferente pilotar na cidade e na estrada (rodovia). Na visão de motociclistas experientes, há mais segurança pilotando nas estradas em velocidade de cruzeiro do que no trânsito das grandes cidades. Na cidade o movimento nas ruas é, quase sempre, mais agitado que nas estradas, porque as pessoas da cidade usam as mesmas vias o tempo todo, a toda hora, e parecem ter muito mais pressa e agonia para chegarem em tempo aos seus compromissos.
Pilotar em rodovias tanto como em vias urbanas tem seus prós e contras. As vias da cidade grande tornam-se mais perigosas porque nelas não transitam apenas carros e motos, mas também veículos pesados de transportes (ônibus e caminhões), triciclos (tuk-tuks), bicicletas, carroças; há também pedestres bastante mal educados, ousados e desatentos, e até animais. Não que nas rodovias isso não exista, mas é que nas vias urbanas das grandes cidades (capitais) a população geralmente é maior, todos transitam pelas mesmas vias e a quantidade de problemas é maior também.
Talvez esse seja também um dos motivos dos tão falados e praticados "bate-volta", a estrada livre se torna um convite para curtir os amigos e, principalmente, a motocicleta, sem precisar pernoitar fora de casa. Todo grupo ou motociclista já fez ou fará, em algum momento da sua vida, um "bate-volta".
Se você ainda não fez, é uma excelente oportunidade para iniciar seu mundo sobre duas rodas na estrada, porque além de ganhar mais experiência em pilotagem, fará novas grandes amizades. (Veja aqui um relato da primeira vez de uma GARUPA num bate e volta).
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Uma outra questão que chamou a ateção da nossa reportagem foi a reclamação do barulho dos motores e dos escapes de algumas motos. Algumas delas possuem motores muito potentes e barulhentos e, com escapes esportivos e/ou adulterados, fazem ainda mais barulho! Além disso, o motociclista que não respeita o local e os seus semelhantes, aceleram muito suas motos, forçando o motor a fazer ainda mais ruído, o que é muito incômodo em locais residenciais e com muitas casas e prédios em volta. Incomoda tanto que muita gente chama até a polícia para dispersar esses grupos (lembrando que isso é uma exceção à regra). AGARUPA.COM observou nas redes sociais que há queixas em relação a isso, de famílias com bebês. É o exemplo da mãe de três bebês, dois deles gêmeas de 1 ano e 5 meses, e uma recém nascida de apenas 15 dias. Todos eles, pais e filhas, trancam-se no quarto, quando ocorrem esses eventos, porque as bebês ficam muito assustadas com o barulho e mal conseguem dormir.
Então esse é o apelo da Revista AGARUPA.COM aos nossos colegas motociclistas, especialmente aos proprietários de motos muito barulhentas, que pelo menos evitem acelerar em vias urbanas, especialmente residenciais, e à noite, porque pode causar muito transtorno e incômodo a alguns.
Amigo motociclista, É PRECISO RESPEITAR PARA SER RESPEITADO!
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Com o avanço da tecnologia e da utilização dos motores elétricos, o mundo dos veículos já oferece uma moto 100% elétrica, design esportivo, boa potência e pronta para inserir o mercado de motocicletas elétricas em um patamar além do imaginado, pois o modelo pode atingir velocidade máxima de 160 km/h. A Brammo Empulse é silenciosa e não incomodará ninguém.
Esse é o fututo dos motores! (Leia mais aqui)

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Voltando ao nosso tema, a cultura "bate-volta" vem sendo divulgada e estimulada em todos os grupos e movimentos sobre duas rodas. Não precisa ter uma motocicleta de grande cilindrada, basta ter grandes amigos que compartilham com você o prazer de estar nas estradas. Isso porque também, infelizmente, não temos vias urbanas e rodovias que facilitem o ir e vir dos motociclistas, então passear sozinho não é muito apropriado pela questão da falta de segurança. Na gíria de paulista, existem verdadeiras "panelas" nas vias, são bucacos enormes, que se algum motociclista cair neles, é acidente na certa! Nós temos ruas muito estragadas, com muitos buracos e falhas que, para os motociclistas, podem ser mortais.
Se todo esse movimento ocorre com as vias assim, imagine se tivéssemos boas vias?!
Diante disso, de uma atividade que movimenta economicamente tantos setores, tantos estabelecimentos ao mesmo tempo (lojas de acessórios motociclísticos, postos de gasolina, restaurantes, bares, lanchonetes etc), fica a pergunta que não quer calar: porque o governo não melhora as estradas? É uma questão a refletir e exigir dos nossos governantes, de forma pacífica e no campo das ideias, a melhoria da estrutura e segurança nas vias urbanas e rodovias. Esse é também nosso papel, não só pagar os impostos, mas também cobrar e fiscalizar os serviços pelos quais pagamos.
Abaixo um dos cartazes que divulga esse tipo de passeio e programação do "bate-volta".

A reportagem da AGARUPA.COM acompanhou um grupo de amigos que, pela rede whatsapp, decidiu o local onde iriam "bater e voltar"! A Revista acompanhou o percurso e registrou por fotos e vídeos esses momentos.
Durante o percurso também encontramos um outro grande grupo de motociclistas com aproximadamente 20 motos, que também fazia um "bate-volta". Confira abaixo...
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